São mais de 23 peças, inúmeras novelas em que criou tipos inesquecíveis como a Broaca, de Pantanal, na extinta Manchete, e vários filmes. Mesmo assim Angela Leal ainda arruma tempo para se dedicar, de corpo e alma, a uma herança de família e que tem a cara do Rio: o Teatro Rival-Petrobras, na Cinelândia.
Formada em Direito em 1970, deixou a carreira de advogada para se dedicar às artes dramáticas. Foi estudar interpretação, história do teatro, voz e corpo. Além de atuar, também dirigiu ecléticos shows de MPB – desde Marisa Gata Mansa cantando Dolores Duran, a D. Ivone Lara saudando os 50 anos do samba.
No cinema, Ângela marcou presença em longas baseados na literatura e na dramaturgia nacional, assim como atuou em comédias.
Na televisão, teve papeis de destaque em tramas que emocionaram o país como Selva de Pedra, de Janete Clair, e Água Viva, de Gilberto Braga, em que interpretou a assistente social Suely, amiga da órfã Maria Helena (Isabela Garcia, ainda criança).
Um de seus maiores interesses é o resgate histórico e cultural do Rio; em sua história pessoal e profissional, ressalta sua luta contra a censura, durante a ditadura militar, para manter o teatro da família aberto.